terça-feira, 17 de agosto de 2010

Plataforma Elevatória Inclinada

No dia 05 de agosto de 2010 o Comitê da ABNT - CB04 formado por fabricantes e consultores da área de elevadores reuniram-se na sede da ABIMAQ e foi criado um novo grupo para desenvolver a norma nacional de Plataformas Elevatórias Inclinadas. Estavam representados a Daiken, Contru, TyssenKrup, Otis, Atlas Schindler, Montele, Knowha, Ortobras e URBS-Curitiba.

Seguindo os procedimentos do convênio com a ISO (International Organization for Standardization)comitê da Europa para a formulação de normas tecnicas, ficou definido que esta norma será a tradução exata da norma internacional ISO9386-2 (norma internacional de plataforma inclinada) e embora nenhuma das empresas  participantes seja fabricante no Brasil da Plataforma Elevatória Inclinada, alguns já fazem a sua comercialização através da importação do produto, e a Daiken já está desenvolvendo o projeto para a fabricação nacional. Existe também a iniciativa de solicitar uma nova norma de plataformas para aplicações em terminais e pontos de ônibus (ex. estações tubo - Curitiba)
A proxima reunião ficou agendada para o dia 03/09/2010.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cientistas anunciam teste com carro para cegos em 2011

Pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram que irão testar no ano que vem o protótipo de um carro com recursos que permitem que ele seja dirigido por cegos de forma independente e segura.
O carro, um Ford Escape, foi criado pela Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos (NFB, na sigla em inglês) em parceria com a Universidade Virginia Tech. A NFB afirma que desenvolveu uma série de recursos não visuais que ajudam o motorista cego. Entre eles estão luvas vibratórias, que alertam sobre curvas; sopros de ar comprimido no rosto do motorista, para sinalizar obstáculos que se aproximam; uma camiseta vibratória, para dar informações sobre velocidade; e um volante com sinais de áudio, para orientar a direção. Os pesquisadores afirmam que ainda poderá demorar anos até que um modelo de carro seguro para motoristas cegos esteja nas ruas, mas o protótipo já será mostrado na pista de corrida de Daytona, no Estado americano da Flórida, em janeiro de 2011.
"Esta demonstração vai desafiar estereótipos e mitos que impedem nossa total integração na sociedade, mostrando ao público que os cegos têm as mesmas capacidades de outras pessoas"', disse o presidente da NFB, Marc Maurer, ao site de notícias sobre tecnologia TG Daily. A equipe da NFB e da Universidade Virginia Tech já demonstrou um protótipo em 2009 de um buggy adaptado para cegos usado para andar em areia.
"O desafio não era o desenvolvimento de um veículo autônomo que pudesse levar uma pessoa cega para todos os lugares, mas a criação de interfaces não visuais que permitiriam a uma pessoa cega tomar decisões na direção", disse o diretor do Laboratório de Robótica e Mecanismos da Virginia Tech, Dennis Hong, ao TG Daily.

02/07/2010 - BBC Brasil

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Revisão da norma NBR9050

Dias 17 e 18 de junho participei das  reuniões plenárias do comitê CB40 da ABNT para continuar a revisão da norma de Acessibilidade NBR9050 e criação da nova norma para Arenas Verdes (Estádios), pois além de sermos a sede da Copa do Mundo 2014, também teremos as Olimpíadas e as Para-Olimpíadas 2016 no Rio de Janeiro.
Esperamos que a formulação da nova norma para Arenas Verdes seja finalizada em julho, encaminhado para validação pública e ratificada até meados deste ano.
A revisão da norma NBR9050 já está bastante adiantada e será concluída ainda em 2010.

terça-feira, 18 de maio de 2010

NBR9050 X NBR15.655-1



A norma NBR9050 comenta três itens sobre acessibilidade:

6.8.3.1 A plataforma deve vencer desníveis de até 2,0 m em edificações de uso público ou coletivo e desníveis de até 4,0 m em edificações de uso particular, para plataformas de percurso aberto. Neste caso, devem ter fechamento contínuo, sem vãos, em todas as laterais até a altura de 1,10 m do piso da plataforma.
6.8.3.2 A plataforma deve vencer desníveis de até 9,0 m em edificações de uso público ou coletivo, somente com caixa enclausurada (percurso fechado).
6.8.3.3 A plataforma deve possuir dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos pavimentos atendidos para utilização acompanhada e dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos equipamentos e nos pavimentos atendidos para utilização assistida.

Incompatibilidades:
1- Quando a norma NBR9050 foi desenvolvida, ainda não existia nenhuma norma nacional para Plataforma Elevatória Vertical. Esta situação mudou em janeiro de 2009 quando foi lançada a NBR15.655-1, norma nacional para Plataforma Elevatória Vertical. Com isso, o item 6.8.3 da norma NBR9050 torna-se desnecessário.
2- O item 6.8.3.1 permite o uso particular para desníveis de até 4,0m apenas com guarda-corpos de 1,1m do piso, isto representa grande risco aos usuários acompanhantes, pois possibilita acidentes com estrangulamento e quedas com graves seqüelas como já presenciamos em SP, MG e PR.
3- O item 6.8.3.2 permite desníveis de até 9,0m. Isto não é possível, pois a norma NBR15.655-1 permite desníveis de no máximo 4m e quando existem requisitos conflitante em duas normas para o mesmo tipo de equipamento, prevalece o requisito mais restritivo, logo, o desnível máximo para plataformas elevatórias verticais é de 4m.
4- O item 6.8.3.3 pede um dispositivo de comunicação para solicitação de auxílio nos pavimentos e no equipamento. Por outro lado, também cita que é para a utilização acompanhada ou assistida, então, este dispositivo não é necessário.

Observações: Arquitetos desinformados solicitam apenas o atendimento dos requisitos da norma NBR9050 quando fazem seus projetos de adequação utilizando as plataformas elevatórias verticais. Isto coloca usuários, acompanhantes e transeuntes em risco.
A norma NBR15.655-1 possui 718 requisitos técnicos para garantir a segurança, autonomia, ergonomia e conforto dos usuários. Todos os acidentes com plataformas elevatórias no Brasil ocorreram por não estarem em conformidade com a norma NBR15.655-1: por falta de freios de segurança que evitam a queda do equipamento, e também outros dispositivos para o controle de acesso e sensores para evitar o esmagamento e aprisionamento.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Acessibilidade no Celular


                                                                                                     28 de março de 2010         Por Reuters

O Instituto Nokia de Tecnologia pretende lançar este ano três aplicativos para celular que podem facilitar tarefas diárias de pessoas com deficiência visual ou auditiva.
O Audio Aid é um deles e faz o celular vibrar quando detecta sons de campanhias ou alarmes no ambiente, o que pode ajudar um deficiente auditivo a saber se há alguém na porta de casa, se o telefone fixo está tocando ou mesmo alertar sobre um alarme de incêndio no prédio.
Já o Color Detector usa a câmera do telefone para captar imagens e reproduzí-las adequadas à visão de pessoas com daltonismo. O terceiro aplicativo, o Nokia Magnifier, é parecido e transforma o celular em um tipo de lupa, aproximando a projeção de qualquer imagem captada pela câmera do celular.
De acordo com o centro de pesquisa da Nokia, que tem pesquisadores baseados em quatro cidades do País (Brasília, Manaus, Recife e São Paulo), os três programas devem ser colocados para download na Ovi Store – a loja de aplicativos da Nokia – ainda este ano.

quinta-feira, 25 de março de 2010

SECRETARIA DE ACESSIBILIDADE EM CURITIBA

Prefeitura Municipal de Curitiba anunciará a criação da Secretaria Especial dos Direitos das Pessoas com Deficiência e Inclusão Social
O ex-presidente da ADFP (Associação dos Deficientes Físicos do Paraná), atleta para-olimpico e campeão brasileiro de natação, Irajá de Brito Vaz será indicado por Beto Richa, para ser o Secretário da pasta.


Mauro Nardini, atual presidente da ADFP (Associação de Deficientes Fisicos do Paraná) e da DEFIPAR (Federação das Entidades de Pessoas com Deficiencia Física do Estado do Parana) será o Diretor Geral.

Haverá uma cerimônia para anunciar a nova secretaria durante as comemorações pelo aniversário de Curitiba, dia 29 de março, as 15 horas no Salão Nobre da Prefeitura Municipal.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Isenções para PcD

Uma das formas de acelerar as condições de acessibilidade é a criação de incentivos fiscais, conforme previsto no Decreto Lei 5296.

A mais conhecida é o Convênio 03/07 do Confaz que possibilita isenções para a aquisição de veículos de até R$60.000 (Sessenta Mil reais):
1. Deficiente físico condutor: isento de IPI, IOF, ICMS, IPVA e rodízio municipal.
2. Deficiente visual não condutor: isento de IPI e rodízio municipal.
3. Deficiente mental e autismo não condutor: isento de IPI e rodízio municipal.
Observações:
1- Este convênio tem validade em todo o território nacional.
2- O limite de potência de 127 cavalos não é mais necessário.

Um incentivo pouco conhecido é a isenção do ICMS pelo Convênio 55/98 do CONFAZ em operações internas para alguns produtos de uso exclusivo para PcDs (pessoas com deficiência): Plataforma Elevatória, Rampa para cadeira de rodas, Bengala, Relógio em Braille, acessórios e adaptações para veículo automotor, entre outros. Isto pode significar uma redução de até 18% no valor final do produto.
Observações:
1- Por ser um tributo estadual, esta isenção vale apenas para os estados que celebraram o convênio. Assim, estão isentos do ICMS nas operações internas os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Para e Bahia.
2- A lista completa dos produtos isentos poderá ser visualizada a partir do link: Convenio ICMS 55/98
3- O ideal seria a federalização deste convênio.
4- Todos os estados podem realizar este convênio.
*** Participei da formulação e adesão do estado do Paraná ao convênio 55/98 e posso auxiliar outros  estados que tiver interesse na adesão ao convênio.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Licitações para Acessibilidade

Ainda não existe um padrão de licitações públicas para acessibilidade no Brasil. Diversas modalidades estão sendo testadas, mas poucos conseguem eficiência neste processo.

Os maiores problemas são:
1- Falta de conhecimento para a especificação.
2- Falta de mecanismos para assegurar a qualidade do produto ou serviço licitado.
3- Empresas sem competência técnica vencendo as licitações devido ao menor preço, mas sem a menor condição de atender as especificações.**
4- Demora entre o fechamento da licitação e a execução da obra.

**Mesmo sem atender os requisitos do edital o resultado é mantido devido a falta de especialistas para analisar a competência da empresa vencedora.
É difícil imaginar uma solução universal, mas observamos melhores resultados na licitação de pacotes completos, onde a construtora vencedora assume as responsabilidades da obra civil, aquisição e instalação de equipamentos reduzindo a necessidade de especialistas e equipes de engenharia do órgão licitante que passa a se preocupar apenas com as definições do projeto, viabilização dos custos, leis e normas a serem seguidas. Caso a obra não atenda as especificações a contratada recebe multas e um prazo reduzido para regularizar a situação.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Arborização











A acessibilidade tem muitas interfaces e a Arborização é um dos maiores problemas e a solução é fácil, porém, de longo prazo. É claro que não podemos deixar de arborizar as cidades pois além de amenizar os micro-climas, suavizam o visual de concreto e estruturas metálicas das cidades humanizando e embelezando-as com suas formas orgânicas. Entretanto, a falta de planejamento da Arborização Urbana tem causado diversos transtornos devido ao crescimento das raízes que danificam as calçadas, parques e vias públicas impedindo o fluxo dos pedestres, veículos e principalmente dos cadeirantes, também existe o problema dos galhos que obstruem e dificultam a passagem e são um risco aos deficientes visuais dificultando em muito a acessibilidade no contexto urbano. E existem ainda outros problemas como a interferência em cabeamentos elétricos, telefonia, dutos de agua, gás e esgoto.
Tentando reverter este cenário já aconteceram dois seminários no Paraná e um no Rio de Janeiro, mas e as outras cidades? Será que elas não enfrentam este problema? A arborização sem planejamento causa um enorme problema para a acessibilidade e usabilidade das vias públicas, mas os gestores públicos insistem em agir somente sobre as suas conseqüências travando uma batalha sem perspectiva de vitória.
Cada espécie de árvore possui características biológicas específicas e a falta de mudas adequadas à arborização urbana no mercado leva ao plantio de espécies inadequadas e em locais impróprios, causando vários transtornos. No planejamento da arborização é importante a observação da geografia e da topografia de ruas e avenidas, praças e parques. Uma arborização bem planejada resulta na diminuição dos riscos de acidentes, redução de podas, melhoria na qualidade do micro-clima, dentre outros benefícios. Ou seja, gera ganhos sociais, econômicos e ambientais.
Case positivo: A Copel possui um projeto de produção de mudas que em 2007 disponibilizou 12 mil mudas adequadas à arborização, com altura mínima de 1,80 m livre de galhos. De 2008 a 2010 estão colocando à disposição das prefeituras interessadas 15 mil mudas por ano e, a partir de 2011, 60 mil mudas por ano.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Fiscalização de Vagas para Deficientes




A vaga especial é um direito assegurado por lei federal com uso regulamentado por Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) que determina que 5% do total de vagas do estacionamento regulamentado sejam destinadas a idosos e 2% a portadores de deficiência. Em Curitiba a URBS está fazendo um trabalho intensivo de orientação e conscientização e a partir de 1º de março será obrigatório o uso da credencial para estacionar nestas vagas. A credencial é fornecida pela Urbs com o pré cadastro no site www.urbs.curitiba.pr.gov.br. Podem fazer o credenciamento pessoas que já tenham completado 60 anos de idade, que sejam portadoras de necessidades especiais ou tenham dificuldade de locomoção e que residam em Curitiba. O uso da credencial será obrigatório tanto em áreas privadas - como hospitais, shoppings, supermercados e universidades, por exemplo - quanto em vagas exclusivas do Estacionamento Regulamentado (EstaR).
Ao usar uma vaga especial o motorista deverá deixar a credencial fornecida pela Urbs no painel do carro, com frente voltada para cima. A credencial também deve ser apresentada sempre que solicitado pela fiscalização. No caso do estacionamento regulamentado a credencial garante a vaga mas não exime o usuário do pagamento. Assim, nestas vagas será necessário deixar no painel, além da credencial, o cartão do EstaR que custa R$ 1,00 a hora.

Os deficientes, idosos e seus acompanhantes precisam usar carteirinhas especiais que podem ser solicitados no site. Para quem descumprir a lei, parando nas vagas sem estar com a carteirinha de identificação ou, pior ainda, para quem não é idoso ou deficiente e insiste em usar as vagas especiais, a multa é de R$ 52,63 e ainda rende três pontos na Carteira Nacional de Habilitação.